Neste quarto dia da nossa semana do orgulho LGBTQIA+, o Comitê da Diversidade da SiqueiraCastro abordará o tema sobre o uso do arco-íris, mundialmente reconhecido como símbolo do movimento.
Nos campos de concentração nazistas, o triângulo rosa com a ponta para baixo era utilizado para identificar homossexuais. O mesmo triângulo com a ponta virada para cima, nos anos 80, passou a representar sinal de ativismo gay. Um gesto de desafio, uma luta ativa de volta, símbolo conhecido à escala internacional.
Com a ampliação do movimento homossexual, Harvey Milk, político e ativista gay norte-americano, desafiou Gilbert Baker (1951 – 2017), um artista estadunidense e ativista dos direitos LGBT, a desenvolver um símbolo que representasse o coletivo homossexual.
No Dia de Liberdade Gay de São Francisco, na Califórnia, na data considerada precursora da parada de orgulho LGBT moderna, dia 25 de junho de 1978, ou seja, há exatos 42 anos, Baker apresentou oficialmente ao público a bandeira do arco-íris. É uma inspiração no movimento hippie, que simboliza o arco-íris como paz e harmonia, e na canção “Over The Rainbow”.
Baker afirma que buscou “algo da natureza para representar que nossa sexualidade é um direito humano”, com o intuito de promover a ideia de diversidade e inclusão.
As diferentes versões do arco-íris
A primeira versão do arco-íris representava diferentes aspectos da vida. O design apresenta oito faixas horizontais de diferentes cores, cada uma com um significado diferente:
Rosa – A sexualidade;
Vermelho – A vida;
Laranja – A cura;
Amarelo – A luz do sol;
Verde – A natureza;
Azul-turquesa – A arte;
Anil – A harmonia;
Violeta – Human spirit.
Algum tempo depois, tendo em vista a dificuldade, à época, em serem encontrados tecidos na cor rosa para compor bandeiras costuradas, passou a ser vendida uma nova versão, com sete cores, deixando a cor rosa de integrar o arco-íris.
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Além disso, em 1979, diante da necessidade de uma composição de quantidade par de cores, para serem dispostas cada metade de um lado da rua no desfile de São Francisco, foi desenvolvida a bandeira como é conhecida hoje, com seis cores, tendo sido o azul-turquesa e o anil substituídos pelo azul.
O Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA), em 2015, classificou a bandeira do arco-íris como um símbolo reconhecido internacionalmente e poderoso marco do design moderno.
Este artigo foi escrito pela advogada Manuella C. Navarro Lippel.