O INPI anunciou o reconhecimento da Denominação de Origem (DO) para o café da região da Canastra (MG), beneficiando produtores de dez municípios mineiros: Medeiros, Bambuí, Doresópolis, Pimenta, Piumhi, Capitólio, São João Batista do Glória, Vargem Bonita, São Roque de Minas e Delfinópolis.
Com esse registro, o INPI chega a 117 Indicações Geográficas, sendo 83 Indicações de Procedência (todas nacionais) e 34 Denominações de Origem (25 nacionais e 9 estrangeiras).
A região da Canastra apresenta terrenos em relevo plano e suave ondulado, variando de 0 a 8% de declividade, com altitudes entre 602m e 1.052m. As condições climáticas conferem aos cafés da DO Canastra aromas e sabores variados.
Os cafés da região destacam-se pelos aromas de mel, frutas amarelas, chocolate ao leite e notas cítricas, com uma doçura elevada e acidez predominante. Uma análise sensorial, pelo método Specialty Coffee Association SCA, revelou cafés naturais acima de 84 pontos, especialmente aqueles situados entre 800 e 900m de altitude.
Diante disso, foi determinado que o uso da Denominação de Origem café da Canastra é exclusivamente para cafés da espécie arábica, produzidos na área delimitada que alcancem o mínimo de 84 pontos.
A influência humana nas tecnologias de produção, colheita e processamento natural foi comprovada como fator determinante na qualidade sensorial, especialmente para cafés naturais.
Além disso, a produção do café com a DO Canastra deve seguir as normas de preservação dos recursos hídricos naturais da região, respeitando as áreas de Reserva Legal e de Preservação Permanente.